Filosofia de bar!

Sem título.

Em: 4 de outubro de 2013



A complexidade inimaginável de um animal prestes ao último tiro de uma metralhadora extinta há mil anos em uma terra de ninguém. Se pudéssemos ao menos saber do que se trata .. se ao menos pudéssemos fazer com que os minutos descuidadosamente jogados fora se revoltassem e nos comessem pelas entranhas já fadigadas.. ou se pudéssemos, pelo menos por enfadonhos microssegundos considerar que o que foi feito desde o nascimento da primeira flor foi, enfim, um caminho construído com um sangue redentor de pecados, até então, relevantes e releváveis, porém não mais aceitáveis ... talvez, e só talvez estaríamos dispostos a morrer pelo que é inquestionavelmente certo e não discutir com surdos que só escutam a verdade.

Imagine-se como um ser que, diferentemente do que eres, seja consciente, seja, na mais pura razão do ser, um ser. Que sabe ouvir denúncias sem sequer estar presente, que sabe levantar sem necessidade e deitar sem estar cansado. Que argumenta por confiança e desconfia por tolice e ao mesmo tempo não confia em seus próprios instintos. Você provavelmente veria um ser igual ao mais puro, irreal e inexistente despecaminoso judas.


Imagine-se como alguém. Sim, é notório a dificuldade de tamanha abstração e profundidade nos mais diversos caminhos traçados e possíveis de se recorrer e percorrer, mesmo de um lado lhes sendo fraudulento e do outro lastimoso, há de escolher-los para que te aches como alguém. Como te vês? Como pensas que estaria em primeiro plano deste primeiro caminho? Nebulosidade envolvendo-te os intestinos e nuveando tua mente como se não houvesse qualquer caminho e como se o que viveras fosse sumariamente um sonho sem fim e sem saída. O que te dirias? Tentarias te tirar de tal situação sem ao menos deixar que tu te vejas como uma saída? A estrada fraudulenta, deves te lembrar, não tem esse nome por ser floril e amarelada, e sim por ter em seu âmago o que absolutamente nos torna o que somos. Inebriado pela loucura da convicção, talvez tu não te vejas, e na verdade, fujas ao te ver sem saber para onde vai ou o que quer, correndo com pernas mancas para um destino sem porquê e sem propósito. Propósito este que é demais para ser aguentado por um pequeno tempo e muito individual para ser dividido. Somente os esforços de um período demasiado sombrio tem como uma doce recompensa um propósito de uma vida. Qual seria a primeira abordagem a ser feita à você, de fato? Poderias, após importante e precioso espaço em espreita, gritar por atenção ou socorro, embora tal atitude mostre um despreparo e desespero não necessariamente ajudante de uma situação como tal.

          O pior a ser considerado é, mesmo que a consideração não traga nada além da dúvida, que boa parte dos seres aprisionados em si assim o fazem, e assim voltam como se tivessem objetivado êxito e ao mesmo tempo como se nada tivesse acontecido aos seus arredores. Armadilha essa que quase sempre concumina no amálgama dos dois vocês, emergência então ocorrida e recorrida pelo puro prazer da existência, pois nada mudará, pior, podendo criar um círculo de intervenções que jamais poderá ser quebrado sem uma estrutura que dificilmente se solidificará sozinha.



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